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2024-04-19
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Presti Bayreuth Mero Brahms Hermann Levi Austri Anton Bruckner Frank Shipway Apo Sob Osesp Pelo Eduard Hanslick Wagner 2012 1892 1887 1884 1880 1868 1854 Leal Hugo Wolf Hans Richter Longo
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp Frank Shipway regente Anton BRUCKNER | Sinfonia nº 8 em Dó Menor, WAB 108 Leia abaixo nota de programa de Rodrigo Vasconcelos, publicada na edição Junho e Julho da Revista Osesp 2012. Veio tarde o reconhecimento para Anton Bruckner. Em 1884, ano em que completou sessenta anos, o compositor austríaco começou a escrever sua Oitava Sinfonia incentivado por um triunfo inédito. A estreia de sua sinfonia anterior em Leipzig, sob a batuta de Arthur Nikish, havia sido muito bem recebida. Além disso, as apresentações ocorridas em Munique dois meses depois, sob a regência de Hermann Levi, foram sucesso ainda maior, obtendo grande repercussão devido ao prestígio de Levi, maestro que regera a première de Parsifal em Bayreuth. As sinfonias de Bruckner — à exceção da chama- da “número zero” — foram compostas após ele deixar Linz, sua cidade natal, e mudar-se para Viena, em 1868, quando assumiu o posto de professor de contraponto e harmonia no Conservatório de Viena. O círculo musical mais influente na capital do império girava em torno de Brahms, cujas sinfonias são contemporâneas às do compositor austríaco. A demora no reconhecimento das sinfonias de Bruckner tem relação com a rivalidade que o grupo ligado a Brahms e capitaneado pelo crítico Eduard Hanslick mantinha com Wagner, ídolo declarado de Bruckner. Hanslick escrevia no jornal vienense Neue Freie Presse e, em sua principal contribuição, o livro Do Belo Musical, publicado em 1854, defendeu uma visão formalista baseada no conceito de música absoluta. A polêmica antibruckner, alimentada pelos partidários da música de Brahms, por volta de 1880, foi considerada pelo musicólogo Carl Dahlhaus um capítulo triste da história da crítica musical. Isso porque o compositor tinha poucos recursos para se defender. Bruckner foi por diversas vezes descrito como um sujeito simplório, humilde e de uma religiosidade infantil. Mas Bruckner representou, para os partidários de Brahms, um desafio ainda maior do que o próprio Wagner, uma vez que Wagner e Brahms mantiveram-se em terrenos separados: se um jamais se aventurou a compor uma sinfonia, o outro, mesmo tendo selecionado libretos, nunca escreveu uma ópera. O que contrariava aqueles que se sentiam em casa com Brahms era a maneira como Bruckner organizava suas sinfonias. Ele se desviou da lógica que, pela tradição clássico-romântica, estruturava o gênero sinfônico, baseando-se em relações harmônicas. O parâmetro era outro. O estilo monumental de Bruckner se apoiava em estruturas rítmicas sobre as quais construía imensos blocos sonoros, que fazem com que suas sinfonias sejam comparadas a catedrais. Quando terminou a Oitava Sinfonia e a enviou a Hermann Levi, em 1887, Bruckner viveu uma decepção. O maestro a rejeitou por não conseguir compreendê-la. Bruckner não a mostrou a mais ninguém. Abalado, entrou num processo de revisão de suas sinfonias, que teve início com a Oitava, mas logo se estendeu às outras. A Oitava Sinfonia foi a que recebeu mudanças mais drásticas, a começar pelo primeiro movimento. A coda da primeira versão terminava num fortissimo em dó maior. Bruckner optou por inverter o efeito, finalizando o movimento em pianissimo, mantendo a tonalidade menor em uma passagem de tirar o fôlego. A ordem do segundo e terceiro movimentos foi alterada, e o Scherzo recebeu um novo trio. A passagem que apresenta o ponto culminante do Adagio foi reescrita em uma tonalidade diferente. Várias partes da sinfonia foram reorquestradas e por volta de 150 compassos foram cortados. O longo processo de revisão fez com que Bruckner deixasse de lado a composição de sua nona sinfonia, que permaneceu inacabada. Quando finalmente a Oitava estreou em Viena, em 1892, sob a regência de Hans Richter, o esforço foi recompensado. A recepção entusiasmada, na cidade em que vivia, assegurou o prestígio do compositor. Sobre essa sinfonia, o compositor Hugo Wolf, leal admirador de Bruckner, afirmou: “A obra torna toda a crítica fútil, o Adagio é incomparável”. Rodrigo Vasconcelos é pianista e mestrando no departamento de Música da ECA-USP.
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